quarta-feira, 19 de maio de 2010

A origem do blog

Desde que comecei com o blog muita coisa aconteceu, coisas que eu tinha a sensação exata de que aconteceriam na minha vida, mas que dependeriam de minhas atitudes e decisões. Essa sensação me deixava angustiada e ansiosa (como se isso já não fosse normal vindo de mim) e deixavam essa saudade estranha, do tempo que ainda não passou, do que ainda não aconteceu.

Ultimamente não tenho me sentido mais assim. Não sei se por causa das decisões tomadas, dos fatos decorridos ou mesmo pela maturidade adquirida, principalmente no último ano, que me trouxe mais calma e resignação.

Acho que o fato de as coisas terem se concretizado da maneira como havia imaginado também contribuiu para a minha maior serenidade em relação ao tempo. Além disso, tenho o usado melhor. Estou finalmente trabalhando no que gosto e acredito, e isso faz toda a diferença quando se vive em um centro urbano e a maior parte dos seus segundos e esforços é destinada à rotina do trabalho.

Mas ainda sinto um frio na espinha quando penso na velocidade com que os dias têm passado, em como o ano acaba de repente (já estamos em Maio, minha gente!) e que isso tudo está acontecendo justamente na minha juventude (uma injustiça, diga-se de passagem). A minha angústia maior é descobrir um dia que a vida passou e eu não fiz o que queria, o que devia, o que podia.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O cachorro, a Globo e o monstro.

O tempo anda curto (que ironia)! Por isso acabei abandonando e esquecendo do blog, mas a idéia agora é escrever sempre que der. Isso quer dizer que não terei um post por dia, mas que vou me esforçar pra trazer reflexões legais.

Então vai aí a primeira: Semana passada estava em casa no fim do dia dando aquela descarga mental e assistindo à globo de noite, eis que transmitem uma chamada para o filme da seção da tarde do dia seguinte (um cachorro que morre e reencarna no corpo de um homem), uma coisa idiota, literalmente.

Daí em diante eu, mesmo sem tempo de ver TV, assisti a tal chamada mais umas 3 vezes, pelo menos (no restaurante onde almoço e no barzinho do happy hour). Foi então que parei pra pensar como a Globo se esforça em transmitir uma programação imbecil. Pense bem: se você tivesse a possibilidade de transmitir diariamente um filme num horário onde a massa jovem do país estaria disposta a assistir, seria possível criar gerações cinematograficamente cultas, cheias de referências interessantes, imagine!

Mas por que não fazer isso? Porque você teria também gerações cinematograficamente críticas, pensantes, que exigiriam muito mais de todo o resto da programação. Ou seja, criaria um monstro, um problema 'desnecessário'.

A Globo prefere ignorar essa baita oportunidade que tem em suas mãos e fingir que pratica responsabilidade social por meio do Canal Futura (que ninguém assiste). Esse tipo de atitude me faz repensar nas reais intenções de quem tem o poder na mão, e em quais são os direcionamentos que estamos tomando de fato.

Uma população educada e pensante é tudo o que precisamos, mas também é tudo o que mais tememos.