terça-feira, 10 de abril de 2012
Sobre o tempo e a liberdade
O tempo passa como se ignorasse, de minha parte, toda a sede de viver.
Se de pensar em como passa me dá vontade de morrer
de gritar e de fugir,
de perder as estribeiras e arrancar de vez os estribos.
Se cada conjunto de sessenta minutos é um pacote relativo,
que voa como o vento ou se arrasta como lesmas.
Se me angustia pensar em onde aplicá-lo,
muito mais do que me concerne o dinheiro.
O que fazer com essa coisa que se chama tempo, e que se traduz em vida.
Porque a sede de poder sentir-lhes os braços de vento a cada segundo de alegria.
Porque a acidez de sentir-se algoz em grades de fumaça e tic-tac.
Enlouquecer é privilégio para os livres.
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