A natureza, em toda a sua sensibilidade e sublimação,
imprimiu nas asas de uma borboleta duplamente o símbolo do infinito. Doce ironia,
logo ela, que vive apenas por algumas horas. Tolice...
Tolice é viver anos e acreditar que o amanhã não chega para
nós. Que podemos arrastar cada dia, porque amanhã tem mais. A sábia
borboleta vive suas eternas horas a planar, regozija-se nas beiras dos rios e
busca seu par. Ela sabe que não há amanhã. Assim como não o há para nós.
Podemos
ler nas asas da borboleta que o infinito não é uma questão de tempo
simplesmente. O infinito pode estar escondido em pequenos segundos, que trazem
plenitude e eternidade aos nossos anos. Viver eternamente depende de perceber a sensação dos infinitos momentâneos.
Ler-te é um momentâneo infinito!
ResponderExcluirTexto muito bem escrito, Marcelinha! Gostei bastante! Parabéns!
ResponderExcluirNão sei de onde essas coisas vêm, mas elas vêm...
ResponderExcluirElas vêm de onde você vem, de onde vem a borboleta... Nossa morada incognoscível!
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