quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Conveniências



Quando quiser te ver te chamo
chamo porque te amo
amo nem que seja

que seja por alguns segundos
de empolgação enebriada
embriagada de álcool
ou de sentimento

amo o amar-te só
e não o amar sozinho
amo você agora
amanhã, talvez

amo o frio que dá
e que vira calor e que depois se esvai

e depois de tanto amar
só me resta a dor

a dor do vazio
do passarinho sem lar
na chuva

só lhe resta o fio, o frio

dor de viver o amor sem culpa
e depois acordar só.



[Para a amiga Mariana]

3 comentários:

  1. Ó céus! Pra mim!

    É... eu sou assim, né? De confusões, amores efêmeros, amores eternos! O que importa é que eu amo muito, tanto, que eu viro isso que você escreveu "bonitamente" aí em cima. rs...
    Só discordo do "conveniências" pq nunca consigo achar nada tão conveniente quanto gostaria! :)

    "Poema da pi..." Hahaha!

    Amei!

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  2. O amor também me guia, mesmo quando me leva ao fundo do poço ou a um mar de raiva. Eu vivo é de intensidade e não colocar amor nisso, pra mim é impossível.
    Se eu colocar em uma balança... É, acho que faço bem em viver disso.

    [Desabafo desalinhado]

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  3. Desalinhado nunca, Paty! É pra isso que serve esse espaço, para desabafos e alucinações. Fico feliz que você venha aqui no meu quintal libertar suas ideias ;)

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